Mesmo que a nova direção do Grêmio, liderada pelo presidente Alberto Guerra, ainda não tenha completado um ano de trabalho, muitas decisões a longo prazo já estão sob análise e terão andamento nas próximas semanas. Uma destas situações envolve o contrato dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro.

O atual vínculo com a Rede Globo tem duração até o fim de 2024, ou seja, a nova rodada de conversas representa o ciclo entre os anos de 2025 e 2029. É importante dizer que ao entrar na LIBRA, o Grêmio aderiu ao bloco comercial e com isso, negocia de forma conjunta com outros clubes. Confira abaixo o estágio da negociação e os valores envolvidos.

Como deve ser o novo contrato de transmissão do Brasileirão entre 2025 e 2029

Como dito acima, o Grêmio é um dos integrantes da LIBRA e com isso, existem alguns benefícios. Por integrar o bloco com os clubes de maior torcida, existe a convicção interna de que este grupo possui a maior parte da audiência do campeonato, cerca de 75%. Atualmente, os clubes da série A que integram a LIBRA são:

  • Grêmio;
  • Flamengo;
  • Corinthians;
  • Palmeiras;
  • São Paulo;
  • Atlético-MG;
  • Santos;
  • Bahia;
  • Red Bull Bragantino

Já existem conversas em andamento da LIBRA com a Rede Globo para a manutenção da transmissão nos atuais canais de TV aberta, no SPORTV (TV fechada) e no Premiere, plataforma de pay-per-view. Após 2 encontros com a emissora, foi definido que a quantia máxima paga anualmente em caso de acordo seria de R$1,17 bi fixos.

Com isso, cada clube da série A teria direito ao pagamento de, em média, R$ 122 milhões durante o novo contrato. Esta quantia pode variar de acordo com os critérios estabelecidos pelo grupo e a divisão das receitas.

A primeira oferta apresentada poderia gerar até R$1,6 bi, mas de acordo com projeção feita pelo número de assinantes do Premiere, algo que não foi bem visto pelos clubes. Uma das exigências da LIBRA é de que 75% do valor total reservado pela Globo para comprar os direitos de transmissão do Brasileirão fosse pago, por entender que o grupo possui 75% da audiência.

Situação sobre o investimento do fundo Mubadala

O outro lado de uma possível receita aos cofres do Grêmio diz respeito sobre o futuro do Brasileirão em toda a sua estrutura. Nesta situação, os clubes da LIBRA estão na espera de uma evolução nas tratativas, tendo em vista que os investidores pretendem comprar 20% do negócio, desde que os clubes realizem uma única liga, algo que parece muito distante neste momento.

Recentemente, a Libra dividiu os assuntos em linhas paralelas. Em uma delas, está a negociação da venda de 20% dos direitos comerciais do Brasileirão para um fundo de investimentos dos Emirados Árabes, chamado Mubadala. Eles acenaram com R$ 4,75 bilhões para comprar a participação sobre os resultados financeiros da liga por 50 anos.

Alguns destes clubes ainda está vinculado ao Mubadala por conta de uma antecipação de R$3 milhões que fizeram. Caso o desejo seja por integrar outros grupos ou não haja acordo com o fundo árabe, esta quantia precisa ser devolvida.