Com passagens por Atlético de Madrid, Porto e Paris Saint-Germain, o ex-jogador uruguaio Cristian Rodríguez, mais conhecido como 'Cebolla', desembarcou em Porto Alegre como a principal contratação do Grêmio para 2015. No entanto, a passagem pelo Tricolor durou apenas 60 dias.

Titular da seleção uruguaia na Copa do Mundo do Brasil em 2014, Cebolla, que havia sido contratado por empréstimo de quatro meses junto ao Atleti, teve uma estadia no Rio Grande do Sul abreviada por lesões.

Em entrevista no Youtube para os repórteres Filipe Gamba e Lucho Silveira, o ex-jogador destacou em uma palavra a passagem com a camisa do Grêmio. "Respeito. Sempre vou ficar com essa pena de não demonstrar o que podia ser capaz de fazer. Por que eles (torcida do Grêmio) me receberam com muito amor e muito carinho. E eu sempre fiquei com essa pena. Por isso recusei o dinheiro (da rescisão de contrato) e fui embora para a seleção para começar a treinar".

"Como ele tem um custo hoje fora da curva, ele tomou a iniciativa de conversar conosco e não achava correto, na medida que fica duas semanas se recuperando e vai para a seleção, é uma tendência, estamos discutindo a possibilidade de rescisão. Neste contexto que frustrou a todos, é o melhor, tendo em vista o custo da operação. O Grêmio deixaria de desembolsar os valores, foi uma posição correta de parte do atleta", disse o ex-diretor executivo Rui Costa na época.

Cebolla Rodríguez fez elogios às estruturas de treinamento do Grêmio e destacou que precisava de mais tempo para começar a jogar. No entanto, por ter um curto período de contrato, não poderia esperar.

"O trabalho no Grêmio é impressionante. O CT é impressionante, o corpo médico é impressionante. Só que eu jogava na neve, 0ºc graus, muito frio. E em poucos dias, na pressão, estava com 40º C em Porto Alegre. Não tive tempo de treinamento , já comecei a jogar e aí me machuquei. Eram 20 dias para começar a treinar, mas eu já queria jogar e não conseguia. Para mim, o Brasil está como a Europa, ou melhor que a Europa nos centros de treinamentos. No CT do Grêmio tinha piscina, jacuzzi, sauna, academia e vários campos de treinamento. Era melhor esperar e estar tranquilo, mas eu não tinha tempo. Em dois meses, você não tem tempo para nada. Joguei o Grenal sem estar 100%, eu queria jogar, queria demonstrar".