Após perder o Grenal com um desempenho apático do time, o técnico Renato Portaluppi não deu entrevista coletiva pós-jogo e desembarcou no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por volta das 22h.

Renato foi duramente criticado pela torcida após não ter concedido a coletiva na derrota do Grêmio por 3 a 2 para o Inter pela 26ª rodada do Brasileirão, praticamente dando adeus ao título nacional.

Um repórter do portal BTB Sports encontrou Renato na saída do Aeroporto e questionou o motivo de não ter falado após o clássico e o descontentamento público do presidente Alberto Guerra com essa atitude. No entanto, o treinador optou por não responder às perguntas.

Renato ainda tentou se desvencilhar das interrogações mostrando um celular. No final do vídeo, o repórter informou que Renato seguiu para a zona sul do Rio de Janeiro junto com seu empresário, Gerson Oldenburg.

Revolta do presidente

A decisão de Renato de não participar da coletiva após o Gre-Nal, devido a uma viagem agendada para o Rio de Janeiro, revoltou o presidente Alberto Guerra. Em entrevista após o clássico, o mandatário explicou à imprensa o motivo da ausência do treinador.

"Uma das razões para eu estar aqui é que, do segurança ao presidente, do faxineiro ao CEO, ninguém do Grêmio concordou com essa decisão. Foi uma decisão unilateral do treinador. A gente entende, ele tem compromisso amanhã de manhã. A gente acha que ele deveria estar aqui dando as suas explicações. Ele tomou essa decisão e, internamente, vamos avaliar isso". disse Guerra.

Guerra deixou claro, em várias ocasiões na entrevista, que o assunto será tratado internamente pela diretoria do Grêmio. O clube exigiu que ele participasse da coletiva. Mas ele tinha um compromisso e saiu.

"Não podia trancar a porta e dizer que ele não sairia. O que se pode fazer? Vamos discutir internamente, falar com ele na reapresentação. É importante expressar que o presidente não está de acordo, o conselho de administração não está de acordo", completou.

O presidente Alberto Guerra garantiu que o treinador continuará no clube. "O que se pode fazer? Demissão? Não é o caso. Isso seria punir o Grêmio, punir o time. Ele está muito bem, fazendo um excelente trabalho. Mas ele tomou uma atitude contrária ao que achávamos ser o melhor, concluiu.

O Grêmio só volta a jogar agora na quarta-feira de 18 de outubro, quando enfrenta o Athletico-PR na Arena às 19h.