Em entrevista a ESPN, o presidente gremista Alberto Guerra descartou qualquer possibilidade do Grêmio antecipar o retorno aos treinamentos e campeonatos. Com as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul nos últimos dias, o mandatário do Tricolor ressaltou que é um momento de sobrevivência.

Na tarde desta terça-feira (7), a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Conmebol anunciaram o adiamento das partidas dos clubes gaúchos em suas competições. No Brasil, o calendário retorna no dia 27 de maio, ainda sem perspectiva de que os times do Rio Grande do Sul entrem em campo. O compromisso do Grêmio pela Copa Libertadores da América, marcado para o dia 15, contra o Estudiantes, foi adiado.

"A gente está no modo sobrevivência, tentando ajudar uns aos outros. Tem jogador do Inter, do Grêmio, que não para de ajudar os outros na sua região. Não tem como pensar enquanto ao menos a gente não supera essa fase de salvamento, depois a humanitária. (…) Eu queria começar a nossa conversa, eu tinha que falar isso, eu vejo que se fala muito sobre jogar, é impossível pensar nisso. Não consigo vislumbrar isso num momento curto de tempo. É momento de ajudar, socorrer, ajudar quem precisa e dai sim, depois, pensar em como enfrentar o nosso calendário", disse Alberto Guerra.

Em meio aos convites para treinar em instalações de outros clubes brasileiro, o presidente do Grêmio afirmou que a maioria dos mandatários não tem noção da magnitude do que se passa no Rio Grande do Sul e por isso não foram favoráveis a paralisação das competições.

"Eu sou da opinião que deveria parar, no mínimo, a próxima rodada, talvez duas. Mas é muito grave a situação. Alguns demonstraram ser favoráveis. Se todos os presidentes estivessem na nossa condição, pensariam a mesma coisa. Mas não estão, então não conseguem ter a verdadeira dimensão. Alguns foram favoráveis, alguns silenciaram e outros querem acompanhar mais, se mostraram reticentes. Ainda falta muito para melhorar aqui - opinou o presidente gremista".