O novo presidente do Grêmio, Odorico Roman, assume o clube oficialmente a partir da próxima segunda-feira (8). Entretanto, uma situação inusitada toma conta dos bastidores do clube e gerou críticas da torcida: O desejo de Alberto Guerra, atual presidente, em concretizar operações importantes antes da troca oficial de gestões.

Nos últimos dias, a atual direção gremista recebeu uma proposta oficial do Gotzepe, da Turquia, pelo centroavante André Henrique. Além disso, a possível venda de Matías Arezo também gerou debate entre os atuais e futuros dirigentes por conta da possibilidade de perda de valores a longo prazo.

Por isso, existem avaliações diferentes sobre o objetivo real desta indefinição e também algumas versões nos bastidores a respeito dos últimos dias de gestão de Alberto Guerra.

Dirigentes do Grêmio debatem sobre decisões a curto prazo

O argumento dos membros da atual direção do Grêmio é que o objetivo de antecipar algumas decisões é receber valores imediatos para quitar pendências e dívidas que geram a obrigação de pagamento antes do fim deste mês.

Por outro lado, membros da futura direção entendem que a definição imediata de propostas recebidas pode gerar prejuízo financeiro. No caso da negociação envolvendo Arezo, por exemplo, o valor da operação deve ser menor se a venda for fechada com um parcelamento menor.

Neste momento, inclusive, o Grêmio está proibido de reigstrar novos jogadores por conta de um transfer ban imposto pela FIFA. O clube possui uma dívida de aproximadamente R$ 6 milhões pela compra de Arezo junto ao Granada, da Espanha.

Por fim, também existe a previsão de um resultado financeiro negativo nesta reta final de ano. O clube tem uma estimativa de encerrar 2025 com déficit graças a investimentos feitos para contratações de jogadores na última janela de transferências, com a meta de evitar o rebaixamento.

A direção gremista foi em busca de nomes importantes, como o lateral-direito Marcos Rocha, o zagueiro Balbuena, o volante Arthur, o meia-atacante Willian e o centroavante Carlos Vinicius. O incremento na folha salarial do time foi superior a R$ 5 milhões mensais.

Este movimento foi determinante, inclusive, para que o custo total do futebol chegasse a R$ 400 milhões neste ano. A previsão orçamentária era de uma despesa total de cerca de R$ 367 milhões.