O ano de 2022 é extremamente importante para o futuro do clube. Mais do que a luta dentro de campo para conseguir o acesso à 1ª divisão do Campeonato Brasileiro, fora das quatro linhas outra pauta já tomou o protagonismo do ambiente: As movimentações no campo político.

Ao todo, o clube passará por 4 processos políticos: A captação dos sócios aptos a votar, a eleição dos 150 conselheiros e dos 30 suplentes, a composição da nova mesa diretora e a votação para o 1º turno das eleições do conselho de administração e do presidente, além da escolha do presidente através dos sócios.

Eleições do Grêmio em 2022; Veja as etapas, regras, datas e quem pode votar

Etapas

O processo eleitoral do Grêmio é dividido em 4 etapas:

  • Eleição de 150 conselheiros + 30 suplentes (proporcionalmente entre as chapas inscritas nas eleições do conselho deliberativo);
  • Eleição da mesa diretora do conselho deliberativo;
  • Votação do 1º turno das eleições para o conselho de administração (presidente);
  • Eleição para presidente (se necessário) por parte dos sócios aptos a votar.

Quem pode votar?

Para estar apto a votar nas eleições do clube, é necessário ser sócio. Além disso, é necessário também que esteja ativo, ou seja, com a mensalidade em dia, por pelo menos 2 anos ininterruptos.

Caso cumpra estas condições, o sócio poderá escolher quem serão os novos conselheiros, os suplentes e também o presidente (caso haja necessidade).

Datas das eleições

As datas de cada uma das eleições do Grêmio são:

  • 24/09 - Eleição para o Conselho Deliberativo (150 conselheiros + 30 suplentes);
  • 17/10 - Eleição da mesa diretora do Conselho Deliberativo e votação do 1º turno para presidente;
  • 12/11 - Eleição para presidente através dos sócios (se necessário).

Principais candidatos a presidente

Odorico Roman

Um dos nomes mais cotados para ser o próximo presidente tricolor é o de Odorico Roman. Vice-presidente de futebol nos ano de 2017, foi um dos responsáveis pela conquista do título da Copa Libertadores da América em seu único ano no cargo.

Enquanto foi dirigente do clube, participou das contratações de:

  • Paulo Victor;
  • Léo Moura;
  • Bruno Cortez;
  • Leonardo Gomes;
  • Bruno Rodrigo;
  • Michel;
  • Gastón Fernández;
  • Lucas Barrios;
  • Cícero;
  • Christian;
  • Jael;
  • Beto da Silva;
  • Arroyo;
  • Madson;
  • Alisson;
  • Thaciano;
  • Paulo Miranda;
  • Thonny Anderson.

Alberto Guerra

Outro nome que desponta como forte candidato a ser o sucessor de Romildo Bolzan é o de Alberto Guerra. Ocupou o cargo de vice-presidente de futebol do clube nos anos de 2011, 2016 e 2019, foi um dos responsáveis pela conquista da Copa do Brasil de 2016.

Dentre outras situações, participou das contratações de Renato Portaluppi e Walter Kannemann em sua 2ª passagem pelo clube. Veja abaixo algumas das contratações que participou:

  • Edilson (2016);
  • Wallace Reis (2016);
  • Negueba (2016);
  • Kannemann (2016);
  • Diego Tardelli (2019);

Denis Abrahão

Mais recente entre os possíveis presidentes, Denis Abrahão conta com um apoio único dentre os candidatos: O atual presidente, Romildo Bolzan Jr. Mesmo originalmente oriundo de um movimento político de oposição ao atual mandatário tricolor, Denis Abrahão deve ser o indicado pela situação para a eleição presidencial.

Internamente, a tendência é que sua candidatura seja lançada após o Grêmio confirmar matematicamente o acesso. Mesmo que não tenha boa reputação com a torcida, sua possível candidatura pode mexer internamente, já que sua força política no clube é grande.

Atual vice-presidente de futebol do clube, Denis Abrahão deve lançar candidatura. (Foto: Lucas Uebel / Grêmio FBPA)

Quem pode concorrer?

Para concorrer ao conselho deliberativo, é necessário que o candidato seja sócio do clube há 5 anos e com pagamentos em dia de forma ininterrupta. Já para viabilizar a candidatura a presidência, são necessários 10 anos de associação com pagamentos em dia de forma ininterrupta.

Outro ponto importante para que um candidato tenha possibilidade de ser presidente do Grêmio é ultrapassar a cláusula de barreira. Basicamente, a chapa candidata precisa contar com pelo menos 20% dos votos na disputa dentro do Conselho Deliberativo.

O alto número de candidatos e a necessidade de busca por apoio dos candidatos evidencia o fim da paz política no Grêmio. O rebaixamento, em 2021, foi um dos principais fatores para que o poder do clube não tivesse um "dono".