Uma bomba caiu sobre o ambiente do Grêmio no fim da noite da última quarta-feira (28). O tricolor anunciou via seus canais oficiais de comunicação, a demissão de Paulo Caleffi do cargo de vice-presidente de futebol do clube.

Além da saída do dirigente, o Grêmio também comunicou que Antônio Brum assume a pasta, deixando a função de diretor de futebol. Entretanto, alguns fatores foram importantes para a decisão, que foi tomada pelo presidente Alberto Guerra. O principal deles foi o relacionamento interno.

A comunicação entre Guerra e Caleffi não era boa há alguns meses. Desde a polêmica sobre a condução do caso Adriel, criticada publicamente pelo presidente, havia desgaste e clima de conflito entre as partes, dificultando alinhamento de discurso e a concordância sobre algumas decisões tomadas pelo Departamento de Futebol.

Aliado a isso, existe também o distanciamento entre Caleffi e Renato Portaluppi. O último caso que gerou debate e divergência interna foram os esclarecimentos envolvendo a situação de Luis Suárez. As linhas diferentes sobre a mesma situação e divergente do que o técnico gremista declarou geraram enfraquecimento e isolamento interno. Com isso, uma saída se tornou mais viável ao presidente.

Versão de Paulo Caleffi sobre sua demissão

Logo após o anúncio oficial por parte do Grêmio, Paulo Caleffi deu sua versão do caso pelas redes sociais. Através de sua conta no Twitter, o agora ex-dirigente gremista:

"Boa noite. Fui comunicado pelo Sr. Alberto Guerra do meu desligamento por telefone a pouco. O motivo indicado foi eu ter me confrontado com a imprensa. Retomo a minha condição de torcedor. Agradeço a todos os colaboradores do CT. Vocês são incríveis. HONRA, CARÁTER e SERIEDADE."

Paulo Caleffi deixa o Grêmio após cerca de 7 meses ocupando seu cargo. Neste período, conquistou os títulos da Recopa Gaúcha e do Campeonato Gaúcho. Além disso, deixa o comando do vestiário no momento em que o tricolor ocupa a vice-liderança do Campeonato Brasileiro e classificado nas quartas de final da Copa do Brasil.