Na noite desta quinta-feira (24), o ex-vice-presidente de futebol Paulo Caleffi concedeu entrevista exclusiva ao repórter Farid Germano, através do seu canal no Youtube. O ex-dirigente gremista revelou divergências com o representante do atacante Michael.

Companheiro de Neymar no Al-Hilal, da Arábia Saudita, o jogador de 26 anos era o grande sonho do técnico Renato Portaluppi para reforçar o plantel do Grêmio na temporada. Em entrevista no início do ano, o ídolo do Imortal revelou que os clubes estavam negociando.

No entanto, Caleffi destacou que além do Al-Hilal, o empresário de Michael dificultava a negociação entre o Tricolor e o jogador. "Foi financeira a situação. O Michael estava num plano afastado. Primeiro tivemos a dificuldade com o transfer ban, a punição da FIFA com o clube saudita. Então ele rechaçavam e depois, em conversas, com o representante do atleta, em todo momento se mudavam um objeto do negócio. O Grêmio nunca tratou diretamente com o Al-Hilal, nunca mandou uma proposta formal porque não nos foi aberta essa possibilidade. Nós trabalhamos com a vontade do jogador, que era clara. A vontade de trabalhar com Renato era clara, e o Michael fez um esforço para que ele conseguisse equacionar determinada situação para que possibilitasse ao Grêmio, dentro de algo razoável, apresentar oferta. Não adianta chegar de qualquer jeito, de supetão no clube arábe. Nós tínhamos informações de clubes brasileiros que tinham ido com ofertas relevantes e foram negadas", disse o ex-vice de futebol do Imortal.

Michael foi comprado pelo Al-Hilal em janeiro da última temporada por 8,45 milhões de dólares (R$45,5 milhões na cotação da época) e assinou contrato até janeiro de 2025. Seu salário é de aproximadamente 2,4 milhões de dólares anuais (R$12 milhões).

No começo da gestão do presidente Alberto Guerra, os sauditas exigiram a quantia de 8 milhões de euros (R$40 milhões) para o Grêmio fechar a contratação. No entanto, a pedida estava fora da realidade gremista.