Gremistas e colorados se uniram para ajudar a resgatar, recolher doações e até fazer marmitas para os gaúchos que foram afetados pela enchente no Rio Grande do Sul. Enquanto isso ocorre, os clubes gaúchos tentam a paralisação do Brasileirão 2024. Contudo, nem todos são favoráveis a isso e se mostram contrários. É o caso do jornalista Juca Kfouri, que defendeu a continuidade do futebol no país, mesmo com o grande desastre ocorrido no RS.

Para o jornalista, o campeonato deveria continuar sem os clubes do Rio Grande do Sul:

"Eu acho que o campeonato tem que continuar sem os clubes gaúchos até que eles possam entrar. E parte da renda dos jogos, todos os jogos, reverter para as vítimas, reverter para a reconstrução do Rio Grande do Sul. Seria essa uma contribuição melhor do que parar o futebol."

Baldasso defende o Grêmio, Inter e Juventude

Durante o programa Debate Raiz, no YouTube, o jornalista colorado Fabiano Baldasso rebateu Juca Kfouri e defendeu Grêmio, Inter e Juventude, além dos demais clubes gaúchos que foram afetados pelo desastre e não podem jogar neste momento.

"Eu acho que o Juca não entendeu. Eu acho que as duas coisas são importantes, porque quando a gente fala em parar o futebol, nós nem estamos aqui falando tanto em solidariedade. A gente fez uma análise técnica sobre a continuidade do futebol na sequência, de que é impossível a dupla Grenal jogar sei lá por quanto tempo. E diante dessa impossibilidade da dupla Grenal, não tem como os campeonatos continuarem. É isso que nós estamos analisando."

Presidente do Grêmio também se manifestou sobre o assunto

O presidente do Grêmio, Alberto Guerra, também se manifestou recentemente sobre a possível paralisação das competições nacionais e se disse ‘’agredido’’ em ver o futebol continuando normalmente pelo país enquanto os gaúchos sofrem com o desastre que desabrigou milhares de pessoas.

"Futebol é festa, alegria, uma expressão da cultura brasileira. E me sinto agredido vendo comemorar gol em outros estados e a gente sofrendo, corpos boiando, as pessoas morrendo. Muito grave o que estamos vivendo. Não sei onde vamos treinar, jogar. Juro que hoje isso pouco importa. Estamos em uma fase de sobrevivência e de ajudar o próximo, de buscar água, de dar alimento."